Naquela moradia...
Cristina Pires
22/07/03
Passeei entre corredores estreitos,
na escuridão de um Inverno rude.
Sombras...sons de uma falsa juventude...
Pendurados nas paredes, os pleitos !
Vivem na minha modesta casa,
soalhos com rastros de passos perdidos.
Ficaram sóis em cantos sentidos,
Ilusões numa fogueira sem brasa.
O quarto pintado de azul celeste,
Esconde o choro do alto cipreste,
Perdido numa montanha sombria !
Caio, agora, de branco as paredes,
abro as cortinas, sacudo as redes...
Derramo o sol na nova moradia !
|