Êxtase
Cristina Pires - 25/07/2003
Quando na mente, devagar, florescem telas,
cores, sons inaudíveis,...simplesmente frases,
eu desconfio que o meu ser, morre nos êxtases...
múltiplos alvoroços, ais em aguarelas !
Sinto que morro, quando nasce o meu prazer,
que me penetra o espírito mansamente...
com mãos versadas molda-me e, eu, complacente,
já em poesia envolta, sinto o renascer !
Sensações conturbadas,...música de lira,
choros, castelos, risos...alma que suspira,
e, voluptuosa, chega ao cais duma epopeia !
Não ! Não me importa que um acorde desafine,
nas danças d’algemas fechadas. Quem define
que a alma se ata, vive só, numa cadeia !
|