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Poesias-->cardápio -- 25/07/2003 - 04:32 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
cardápio

gracia scripto









É a mesma mesa

Talvez um dia ela cresça

e vire um armário

É o mesmo prato

branco, redondo,

de porcelana barata

É a mesma geometria,

o mesmo riscado

Como se lágrima do teto

fosse o prato

e a toalha, lencinho

quadriculado

Só o que muda de lugar

são as cadeiras - vassalos















Mas tanto fazia,

como tanto faz, cadeiras

não são todas iguais?

Cadeira aceita tudo

Nádegas gordas

Nádegas ossudas

Nada refuta in natura

Cadeira é populacho-

a piolheira lambedela,

inútil e vã tagarela,

em torno da bandeira

onde esplende o lema:

Ordem e Progresso

















É a mesma prosápia

Mudam-se os convivas

mas serve-se o mesmo

cardápio: Pão e circo

Cadeiras - operários

bóias- frias- neutro lixo-

sem vida- sem salário digno

E a boca do poeta,regurgita,

rumina, mastiga,

acusa!

( ainda que sem rima

mesmo sem música)

Mastiga!

Acusa!

Cospe!







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