Usina de Letras
Usina de Letras
19 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63268 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10693)
Erótico (13594)
Frases (51791)
Humor (20181)
Infantil (5607)
Infanto Juvenil (4955)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141325)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6359)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->A Caneta -- 22/07/2003 - 18:19 (Lucas Tenório) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Com a cantada que ela me deu

Eu vi Teseu tourear o o boi-bumbá.

E vi Netuno engasgado em um anzol

De um Titã que Hobbes domesticava.

Com a caneta que ela me deu eu fiz brilhar

O lusco-fusco das asas de Ícaro

e o aterrissei

no Santos Dumont.

Furei a pêra de um banquete na Macedônia

Sentenciei a vitória de Alexandre sobre Átila

diplomaticamente.

Com a caneta que ela me deu compus amônia

e rememorei Parmênides, Heráclito, Anaximandro,

Bob Marley e Marx.

Risquei nos meandros das efemérides ocidentais:

O Gênesis, O Renascimento, as Cinco Revoluções,

O Carnaval e a Era de Aquário.

Com a caneta Sheaffer que ela me deu, senti-me

o tal: um antiquário.

Nietzsche, Hegel, Spinoza, Sartre,

Borges, Neruda, Cortázar e Amaral.

Ah! Assinei meu nome com a caneta dela e

recolhi-me nos cacófatos ingênuos para dizer

Amo-te como amo a cidadela de onde venho.

Amo-te mais, porque ela tem uma legião de paladinos

e eu tenho o meu tinteiro de aprendiz

ancorado em teu ventre feminino.









Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui