Quero cantar meu canto,
E frente ao desencanto,
Chorar meu pranto
E proclamar meus versos...
Quero cantar meu canto,
E frente ao dissabor,
Jurar mil juras E rir meu riso...
Quero cantar meu canto,
E frente à solidão,
Soltar a voz, rouca, presa na garganta
E explodir em milhões de frases...
Quero cantar meu canto,
E frente a ficar mudo,
Seja meu corpo, ainda que censurado,
Expressão fiel da minha poesia...
Quero cantar meu canto,
E frente a meu pensamento,
Começar um novo dia
E perpetuar com minha tinta
Minha Mãe, meu Pai,
A paixão, completeza deste amante...
Quero cantar meu canto,
E frente a vida,
Viver e morrer o mesmo instante
Esperança em minha boemia... |