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Poesias-->Espelho -- 06/07/2003 - 13:48 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Espelho



No olhar a noite desenha-se

Imensa e profunda

Há um espreitar das tantas

Que me imaginam ser

Despertando a que não me sabe

Ou a que não me permito conhecer

Os olhos têm tantos truques

Disfarces e todos os embustes

Projetam-nos em imagens supostas

Sempre sobrepostas para confundir

Os olhares do espelho

Que nos reflete ao mundo



Mas as palavras que me habitam

Não me permitem hesitações

Às voltas com a caneta

Percorro-me em caminhos

Denuncio-me, exponho-me

E volto-me ao meu princípio e fim

Não há como silenciar

O caminho da idéia

O revelar da emoção

A inequívoca rendição

Quando as minhas mãos

Apenas tocam o teu nome



© Fernanda Guimarães

Em 06.07.2003

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