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| Poesias-->Plágio Poético -- 09/01/2000 - 23:36 (Dimitri Entgegen) |
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Estou de saco cheio da minha vida comedida,
Da minha vida bem comportada
Da minha vida de estudante com caderno arrumado, dever de casa feito e manifestações de apreço ao senhor professor.
Estou de saco cheio da vida de CDzinho que pára e vai averiguar no Aurélio o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo o estudo.
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais.
Todas as equações sobretudo às do segundo grau.
Toda a estática sobretudo o equilíbrio em corpos extensos.
Tô cheio dessa vida enjoada
Esdrúxula
Raquítica
Aidética
De toda vida que repara em tudo fora de si mesma.
De resto não é vida
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres etc.
Quero antes a vida dos loucos,
A vida dos zoneiros
A vida difícil e legal dos zoneiros
A vida dos clowns de Shakespeare
--- Não quero mais saber da vida que não é gozação (e libertação)! |
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