Minh’alma congelou,
Por um instante,
Tentando se esquivar das lembranças.
Parei em uma breve reflexão...
Relembrei o primeiro amor,
O primeiro beijo...
Entrei num profundo transe
Mergulhado em saudades e angustias...
Pensei que tivesse sido, de fato, feliz.
E realmente o fui, porém,
Não o meu primeiro amor...
Um amor banido por sonho, agora, absurdo.
Um amor que a seu modo, simples, me fazia bem.
Era cômodo...
Um amor peregrino
Em busca dessa metade, sem resposta...
O primeiro amor foi assim,
E assim ele se foi...
Ainda lembro sua face banhada em lágrimas...
Enquanto ali permanecia feito um moleque arrogante.
Fui tudo de pior,
Cafajeste,
Mentiroso...
Fui seu bandido,
Sua maior mágoa...
Hoje quando, você já partiu,
Os anos se passaram
E meu alento é a lembrança,
Talvez tomado por certo remorso,
Confesso-te,
Sem a covardia de outrora
Como sempre, menti!...
Se fui o teu,
Você foi o meu,
Sem que soubesse,
Grande e primeiro amor...
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