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| Poesias-->As Revelações de São Paulo -- 27/06/2003 - 09:52 (Lucas Tenório) |
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São Paulo, já te vi?
São Paulo eu te esqueci.
São Paulo nem me lembrei
de quê eu bem não sei.
São Paulo foste aqui?
São Paulo estive lá.
São Paulo eu te sonhei
Em nunca te acordar.
São Paulo te busquei
Em Itamaracá
O Azul que o Céu não sei
Nos braços da sinhá.
São Paulo perpetrarei
Um escândalo ao perturbar
O sono daquele Rei
que insiste em me adormecer.
São Paulo alvorecer
No verde de teu jardim
A fábrica de querubins
Que escondes em Quixadá.
São Paulo te antever
Numa antena de satélite
E depois em ti morrer
Numa de tuas efemérides.
(Qual data, São Paulo
queres meu sacrifício?
Do alto de um edifício
Ou na boca de um brontossauro?
São Paulo, São Paulo
Monstro de Aço frio
Tens lençóis por mortalha
E cordame para pavios?
São Paulo levo a navalha
E o sangue do meu corpo.
Resta-te a tua escolha
Queres-me vivo ou morto?)
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