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| Poesias-->Meus olhos tristes -- 17/06/2003 - 18:18 (paulo izael) |
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Meus olhos tristes.
Meus olhos buscavam algo,
Ela olhava para mim
Com fixação, hora ausente.
Era o prenuncio do fim.
Uns olhares tristes, indiferentes.
Era um até nunca mais.
Bastaria apenas um gesto,
Uma palavra sussurrada,
E toda a indignação presente,
Seria esquecida e mais nada.
Imóveis, apenas nos olhamos,
Como se fôssemos estranhos.
Cada um querendo vencer.
Acima de tudo, o orgulho.
Palavras ditas sem querer.
Nossos corações acelerados.
Em seu último olhar,
A primeira lágrima escorrida.
O mundo estava desabando.
Nenhum abraço, nenhuma acolhida.
O teu olhar fitou o meu,
A indignação ainda presente.
O rancor a nos distanciar.
Queríamos ainda tentar,
Não havia clima para dialogar.
Num piscar de olhos ela se foi.
Sem aceno ou aperto de mão.
Trocamos olhares angustiantes,
Representamos um papel
Não escrito para amantes.
Ate hoje a indigesta inquietação.
Vícios da vida a me consumir.
A todo instante seu mudo olhar,
Como uma eterna hipnose vem,
Em meu murcho coração repousar.
Veja foto e outras obras do autor:
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