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Poesias-->Noite fria -- 16/09/2000 - 23:59 (Erika Bernardo Viana) |
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Uma noite fria, o vento pela janela brada.
Delírios de uma noite em flâmulas,
Vaga no espelho a face,
Desajeitada, marcada pelas lágrimas na pele ressecada.
Frio, ao longe tuas mãos estão para aquecer meus flancos,
Medo, talvez nunca ouças meus prantos.
Ausência, fleuma de meus sentidos sórdidos,
Lágrimas rolam como pérolas e relâmpagos.
A opulência de seus gestos a ofegar meu corpo,
A insensatez de seus beijos cinge os lábios rosados,
Na índole sóbria renasço como fada,
Gozo, teus lábios tocam as pétalas no íntimo do meu corpo.
Como arcanjos desfaço em nuvens, em sonhos.
É o regalo do teu berço,
É a sinfonia dos gestos,
É o desfalque das palavras,
Não dizeis, mas queres,
Se não sabeis, mas fazes.
Sim, sorri,
Ri, Ah, como em suplícios
Ri, como em orgias,
Sorri,
Tudo que é meu íntimo, todos meus prantos.
Erika Viana.
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