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Poesias-->Na raiva dos sentidos -- 13/06/2003 - 08:27 (joão manuel vilela rasteiro) |
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Na raiva dos sentidos
como varas entre o fôlego
armários de pele abrindo
os arcos esculpidos na luz
mulheres desabrochando o sopro
a menstruação e o tumulto
na boca de Deuses inteiros
fruto terrestre cegando a boca
crescendo na raíz do ceptro
idêntico à fala dos corpos
na gôndola branca do hálito
a polpa seca das gárgulas.
A pele desenhada por palavras
com sexos em ângulos precários
os sentidos antigos que se vão
degolados em conchas sonâmbulas
casulos esquecidos nos mapas
no frágil pulmão da melancolia
a língua revolta do anúncio
só pelo prazer de morder a água.
in, inédito - 2003 |
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