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Poesias-->A alegria se reveste na dança -- 12/06/2003 - 17:01 (Marcelo Santos Barbosa) |
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A alegria se reveste na dança da luz entre as folhas
E no vento que suave balança a frondosa árvore.
Deito-me na maciez da verde grama sentindo no rosto apenas o Sol.;
Luzes macias me envolvem como se embebidas em doce vinho.;
Sinto que o tempo não é capaz de me tocar...
Aqui, nesse lugar que eu criei.
Sinto algo que me chama, mas não quero voltar
Onde as montanhas místicas rugem como fogo
Aqui fico...Aqui o Senhor negro nunca chegará
Um santuário onde águas altas e límpidas correm
Viajei tanto, mas orgulha-me o olhar para trás.;
Na distância apenas os amigos permanecem na memória.;
Banho-me na luz dourada do fim do dia
E repouso no misterioso esconderijo do Sol.;
Louvo cada estação e cada dia que se vai.
Sinto a chegada de um novo amanhecer
E na escuridão você vem e aponta-me o caminho para iluminar um novo sentido.;
Você para por um momento...
Chama-me novamente
E sussurra em meu ouvido:
- Esse é o lugar para se envelhecer e viver juntos o nosso último dia.
Separados, vimos arder na rede etérea o fogo que nos sustenta e nos queimam os olhos.
Minhas palavras bebem em ti o sentido das coisas belas.;
São elas que te afagam na distância, elas são felizes
Pois na sua natural cegueira te enxergam mais do que eu.
Você é todos os poderes obscuros atribuídos aos seres que não existem,
Minha doce fonte de todas as sensações.; te quero, te desejo, te possuo...
Em ti encontro sempre um recomeço, pois achei o fim de todas as coisas.
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