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| Poesias-->A Vida de Braços Cruzados -- 06/06/2003 - 23:47 (zena maciel) |
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Fechei a porta da minha alegria
Um espinho foi cravado no meu coração
Ombros cansado de carregar o fardo da dor e
a tristeza do desencanto
Vida de braços cruzados
Nós de aço
Restos de um tempo amarrado
Alma em preto e branco
No fim do túnel o eterno vazio e
a sombra de uma luz bruxuleante
De nada valeram os sonhos
Todo o paraíso foi perdido
Restou a ilusão da fria realidade
de um mundo imaginário
Sigo em frente
Não mais temo a morte do desespero
Ainda acredito nos acasos
Eu sei que as cicatrizes um dia se transformarão
em belas flores
O fim às vezes pode ser o começo
No útero do mundo ainda encontrarei guarita
para desatr os braços e sair perdida pelo
infinito como uma lépida ave solta
Abraçar todos os desejos que plantei
ao longo do meu caminho e
saborear os restos dos meus dias doces sorrisos recheados da tão sonhada felicidade.
Zena Maciel
06/06/2003 |
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