A flor de cio
Ferina flor, fêmea flamante,
carnosos lábios, deleitoso
molho, magia, mel bacante!
Fruta olorosa, zen do gozo!
Do fêmeo púbis pulcra flor,
etérea fonte de desejos,
sacrária gruta, Fiat do amor!
(Mádidos corpos em molejos!)
A Poesia, muda, enrubesce,
se abres tuas pétalas ao rocio,
molhada, cúpida, à messe!
Encarpo eterno de anseios mil,
és da donzela fruta indócil,
mas ao amor sedes, se no cio!
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