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Poesias-->Círculo das Esfinges -- 25/05/2003 - 03:33 (José Ricardo da Hora Vidal) |
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(22h48) Salvador, 7 de novembro de 2002
Sonhos?! Que Sonho?!!
Poderias tu, esfinge de ametista,
Guardiã dos tesouros da aurora,
Decifrar todos os enigmas
E vicissitudes da existência?
Quem vale mais: A Lua ou o ouro?
Poderia o denário de prata celeste,
Mãe e farol dos poetas e dos loucos,
Ser esmagado
Pelo ouro que brota da ganância
Qual lava no centro do Vesúvio?
Lua, não haveria ouro e diamante,
Dólar ou euro, dracma ou libra suficiente
Que pague seu véu de seda
Prateado que desce do céu…
Oh! Esfinge de fogo e solidão,
Mãe das setes coroas da sabedoria,
Saberia de onde vem esta negra chuva
Que dilacera o homem
E enche a alma de chagas cancerosas?
Penetra na doce carne da juventude
E rouba o sorriso, a lágrima sincera,
O brilho avassalador do olhar
Que remove oceanos
E constróem impérios e palácios
A partir dos desertos de cinzas?
De onde vem a poderosa chuva
Que transforma os jovens em zumbis
Carimbados, protocolados, tributados,
Controlado pelo Grande Irmão Eletrônico?
E tu, Negra Esfinge Bávara,
Imortal guarda das virtudes e da honra,
Onde mora minha estrela gótica, Estrela que me conduzira
Pelos labirintos da catedral de Estraburgo
Até o topo da torre mágica,
Torre de desejo e glórias
Em que encerrei meus sonhos
E me perdi
Pelas estradas incertas da vida
E, cego pelo fulgor do vil metal,
Encharcado pela negra chuva da estupidez,
Perdi a ti, querida estrela gótica.
Esfinges, amigas esfinges
Onde estas as respostas
Deste meu coração já morto?
Em que curva de mim
Eu me perdi e a minha felicidade? |
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