Quando a noite veste a terra de noiva pra esperar pela lua, à janela um vulto envolto na farsa da hora faz dormir no colo do tempo um ser tão pequenino... É um deus menino, que quase dormindo procura os seios da mãe pra matar a fome.
Vós que ostenta nas mãos um único destino, ainda tens muito que chorar, pois que nessas esquinas, além da promessa da madrugada, o que se mostra aos olhos é uma realidade cada vez mais amarga.
Não que esteja a profetizar.É que os filhos prematuros já almejam o vulgar.
Pregam com tanta veemência a insanidade, que o absurdo chega a concordar. É tanta avidez pelo prazer de uns segundos, é tanta fantasia pelo imperfeito, que o mundo perdeu a forma e a consciência.
Há que se tentar uma providência humana,
Há que se tentar uma providência divina,
Há que se apelar pela decência.
Por quanto a esperança, que já não é tão vívida, por causa de tantos descompassos,hoje. Será sempre da obra, um mero quarto vazio sem quintal.
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