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Poesias-->UM CERTO ALGUÉM -- 07/01/2000 - 18:40 (ANTONIO VIRGILIO DE ANDRADE) |
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O sol de cabeleira destoucada
Acorda a flor, o amor, um alguém.
Quem tão cedo desce a rua é segredo,
Pra onde vai não importa também.
Meus olhos abro, claros e miúdos.;
Minha boca calo, lábios mudos.;
O pecado passa e convida a tudo.
Com seu moreno jambo
Ela passa seminua,
Reclamando o olhar
Do sol que beija a lua.
À tardinha, antes que o sol durma,
Ladeira vem subindo, subindo vem.;
O sobe e desce de suas cadeiras
machuca, mas não mata mingúem.
Ela vem chegando com graça,
E mesmo de longe já se insinua.;
Eu fico teso
Como o poste da rua.
Quando passa, olha, sorri, cumprimenta.;
Meu coração dispara, não se sustenta.;
No desabrochar da minha juventude.
Do livro: RASTILHO DE PROSAS |
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