LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->ODE A UMA AMIGA -- 06/04/2003 - 15:15 (Benedito Generoso da Costa) |
|
|
| |
ODE A UMA AMIGA (*)
Era livre,
Depois tornei-me um escravo,
Assim tive
De lutar tal como um bravo,
Tão somente
Para estar onde já estive,
Felizmente,
Eu me transformei num cravo
E, a rosa,
Procurando-a encontrei
Perfumosa.;
Fez-se para mim a lei
Tão sagrada,
Que eu só cumpri-la queria
Na jornada
De meu caminhar dia-a-dia.
Noite fria,
Acendi minha lareira,
Novo dia
Trouxe-me vento e poeira...
Fui à rua,
Mas não encontrei viv’alma,
Só a lua,
Vagando lenta e calma
Lá no céu
De uma noite tão escura,
Quando ao léu,
No caminho da amargura,
Encontrei
Aquela que me esperava,
E hoje eu sei
Que sou escravo da escrava.
Minha brava
Amiga de horas amargas,
Que estava
Disposta a levar-me as cargas
Até aonde
Eu ia sem querer ir,
Não se esconde
Lá no incerto porvir,
Está perto
De um coração sofredor,
Que não quer
Que ninguém jamais maldiga
A mulher
Que agora é minha amiga.
Ninguém diga
Que ainda sigo sozinho
Na cantiga,
Por um infindo caminho,
Que a sorte
Mostrou-me tão friamente,
Pois sou forte
E direi que, felizmente,
Foi tão bom
Que uma flecha me feriu,
Quando ao som
Do meu soluçar partiu,
Sem adeus,
Aquela que tanto amei,
Sob os céus,
E da qual me esquecerei.
* Você, que é mulher e me tem como amigo, saiba, ao ler esta poesia, que ela foi, de algum modo, direta ou indiretamente escrita para... você.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
|
|