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Poesias-->QUERIDO VELHO -- 13/03/2003 - 15:34 (Ezilda Euripedes Molina Caetano) |
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Meu pobre e querido velho
Meu pobre e querido amigo
Meu pobre e velho homem esquecido
A sua voz sôfrega que já se apaga
A sua carne enfraquecida a tremer
As suas mãos cavadas pelas rugas
O seu tempo que o próprio tempo consome
O seu olhar que muitas vezes se perde no nada
Ou em muitas coisas que eu não posso ver
As suas lembranças que se perdem
Nas coisas boas e belas
Que a vida lhe proporcionou
Que a vida floriu à sua volta
Que a própria vida lhe roubou
Meu pobre e querido velho
Que talvez já nem vê o tempo passar
Com ele leva consigo
As dores de uma vida cansada
O cansaço de um corpo caído
A fala de uma boca que queria ainda gritar
Você é responsável
Por isso estou aqui
Você um dia se abriu como uma flor
Um dia você encheu um lar de amor
Por mais que a sua mente o engane
Por mais que seus sonhos se confundam
A tua existência é sempre bem vinda
Por todos nós que lhe amamos.
Dedicado a Josué Alves do Carmo. |
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