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Poesias-->CIDADE -- 01/09/2000 - 01:43 (Paulo Jurza) |
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CIDADE
O asfalto quente
Torna cada vez mais frio os corações
O ruído dos artefatos humanos
Suplanta o ruído do silêncio
A mente não descansa
Sempre assolada por vagas de sensações
Sempre assustada com a vida
E a cidade impávida, cada vez mais lentamente,
Te oprime
Pessoas na rua andam como espectros
Cada qual em sua bolha de pensamentos
Uma sociedade apenas reunida
Que apenas compartilha o espaço
Mas internamente nada sente
À noite, a frieza do asfalto
Incita o calor de nossos corações
Os solitários recorrem à boemia
Como se as mulheres de lá os preenchessem
A cidade vive, pulula, excreta
É um ser cada vez mais doente
Cheio de criaturas que sobre ela vivem
Parasitam-na, espoliam-na
A cidade é apenas mais uma prisão
Criada pela besta gregária humana
Que apenas se agrupa por medo da solidão
Porque intimamente não se relaciona com o próximo
Ônibus lotados, faces que todos dias vemos
Porque não cumprimentamo-nos ?
Porque o ser humano não se compadece
Do seu igual ?
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