Impotência
Cárcere cruel do atuar,
dor intensa que ata o corpo,
vazando no olhar...
Ignóbil!
Ousa arrogar-se dona da ação?
Não é probo que disponha do livre arbítrio,
legítimo,
pertinente ao SER.
Simula não ver...
Ah execrável comoção!
Desfere doída incisão,
na emoção rompente,
bruscamente.
Odioso estupor,
que nega a deliberação,
induzindo ao porfiar,
entre o retroceder ou avançar.
Afaste-se!
Portões descerrados,
seus grilhões serão desdenhados,
pelo poder outorgado,
No divino em nós...
encerrado.
Rose Oliveira
Aracaju
23/02/2003
|