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Poesias-->apontamentos -- 09/03/2003 - 01:01 (maria da graça ferraz) |
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Apontamentos
Gracia Plena
( fragmentos extraídos de cadernos,
reunidos num poema único)
Sigo como quem abre caminho
com peito e à facão
Ando como bicho fugitivo e fujão
na mão única e contra-mão
Gosto de me "desaperceber"
como quem se percorre,
só para se perder
" Se de quem eu gosto,
não me gosta, fazer o quê, né?"
Cada instante visa ao próximo
A descoberta. O saber.
Não do relógio.
Do outro
Receber no meu rosto
o segredo do vento que
desdobra
A solidão anônima
e ímpar
pela multidão minha,
eu troco! Aposto!
" Se de quem gosto
não me gosta
o quê fazer?"
Desenrosco-me
como o fio de saliva
que se escorre
cheio de enzimas
A palavra perplexa
mastiga-se e se digere- "amor"
Procuro a desenvoltura
de uma nota só,
caída de uma partitura
sacudida, cheia de pó
O paradoxo de Ser e Ser
esgota-me!
" Se de quem eu gosto,
vira-me os olhos de costas,
escrevo- está é a sorte-
para que ao me ler , beije meu rosto"
Mulher- como tu és forte!
Fazer o quê, né?
Posso rimar este fim com morte,
mas prefiro rimar com "Viver"
no dia internacional
das mulheres
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