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Poesias-->Onde Está Essa Mulher? -- 06/03/2003 - 10:48 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Onde está essa mulher?

Já procurei pelos jardins

frequentáveis,

já emprestei ao sol sua sombra,

à lua, seu contorno.

-Magricela,vivaz,nada puritana,cortês,

porém, bem sumida!



Nada de achar!

Com tudo pra esbravejar-me!



Onde estará esta mulher?

Já procurei nos sombrios

obituários dos jornais,

nas revistas fotográficas,

tentando descobrir se ela,

se tornasse uma bruma desfilante,

ou solitária vivente de

algum condomínio de luxo

em troca de um algum homem

de luxo.



Nada!

Sumiu vaga. Meia-ingrata!



Procurei entre minhas coisas

bem vadias do dia-a-dia,

só encontrei nossos retratos,

quando ainda suspirávamos

por passaros caseiros.



Não encontrei. Senão,

pó, poeira,migalhas de

teias de aranha.



Nada!

Minha mulher sensual sumiu!

No varal das esquinas de néon.



Dada a sua personalidade

de romana, e sua figura

que lembra um pouco

os habitantes cretanos e encacheados,

ou ainda os bens residentes

americanos de Pasecota.



Toda procura

foi perda de tempo.

Igual a nadar no lodo

Mas não retro,sou

teimoso,porém bondoso.





A mulher sumiu!

Mas por onde andará esta mulher

tão redimida que nunca

cairia em ruínas?



Não tenho mais respostas,

mais tenho ainda vivas as alcovas!



Assim, passo meu tempo

a procurar. Ninguém some

assim. Nem a volúpia matinal

do vento.



Já desconfio que ela se foi.

Se foi pros priores das montanhas,

e lá se escondeu entre pedras

reluzentes, e juncos travados,

e lá deve meditar:

esse homem nunca mais,

desse homem que foi amado,

nunca mais!



E ela medita,

entre as mulheres do tempo,

sem qualquer desdita:



Esse homem nunca conseguiu

me amar!



Talvez, seja - este bravo homem -

que vai passar a vida sem provar

os restolhos do verdadeiro amor,

aquele, que, por dor, a gente

nunca esquece e acaba

morrendo dentro ele !



Mais voltar,

por Zeus,

nunca mais!



Meditação ingrata

que me deixa

lavado por meio-sol,

esturgido na vaga lua,

sem pingentes de luz.



E fico assim como uma varal,

ou feixe de enfeitar

deuses notórios,

mas perdidos!















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