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Poesias-->LÍNGUA (da portuguêsa) -- 26/02/2003 - 04:31 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) |
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Poema em resposta ao Língua (portuguêsa), de Gracia Plena
Língua (da portuguêsa?)
THA©KKYN
Entre a Mulher e o pincel,
pinto-ma
a língua da
portuguêsa que percorre o céu
Prende-me
chuva salivada
um pequeno músculo
vivo e rijo que cresce
a cada idéia.; letra.; palavra.; termo.; juízo.; proposição.; e sintaxe...
Lambe vil no cio da linguagem do corpo.
Fricciona e flexiona.
Nua e crua, quiça muda coça
Roça
e se esvai em ais
como um falo novo
em termo chulo
à meia vara
foge da vala
quando se cala
Rompe os tabus e as regras gramaticais viola.
Esfrega o pensar sociolingüístico
nas variantes místico
Língua-viva.; materna.; e
segunda língua em estímulo e repetição.
Transa de língua, falo e coração...
Na mística cena dicotômica do formal e informal.;
oral e escrita.;
padrão culto e popular.; nas arrizotônicas formas do pensar...
Toma
como obra
a cada tipo.; gênero.; e forma
como língua descabelada
desta obra malacabada
como coito interrompido
desta língua falada no ouvido
como tóxico
do poeta romântico o ópio
desse pensar poético pobre
que impõe letramento torto
sem vírgula ou ponto
impondo um padrão eleito pela elite...
Dominante
Repugnante
Excludente
Ao camufrar a sua ideologia-
Ó amarga sina
( que não é a mordomia dos poderosos)-
não mata mas deixa-nos só os ossos!
Língua (portuguêsa)
gracia plena
Entre a idéia e o papel,
a língua
portuguêsa
Pende
rubra como
um pequeno músculo
morto
Não lambe.Não tinge.
Não fricciona. Não roça
Cai
como um falo velho
em luto
à meio pau
Não rompe. Não viola.
Não esfrega. Etc e tal.
Tomba
como a cobra
na árvore
como língua
desta cobra
como veneno
desta língua
como toxina
deste veneno
Víbora
Réptil
Bífida
Ao entregar o seu segredo-
Ó doce assassina
( que não é o mordomo inglês)-
mata ou vacina!
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