Leva-me para longe... Para espaços esquecidos
Para um firmamento informe, para um ar sem densidade
Porém, leva-me ligeiro, e se possível, com o coração entorpecido
Para eu não correr o risco, de levar junto à saudade...
Leva-me amigo, porque é tudo que preciso
Porque contigo em outro lugar, estarei temporariamente seguro
Leva-me depressa para que eu me sinta protegido
Deste infinito silêncio escuro...
Entregar-me-ei a ti com honestidade e convicção
Pois tu, não esperas de mim outra atitude
Porque tu compreendes bem demais meu coração
E saber que és responsável por minha melhor virtude
Sabes na tua profundidade indiferente
Que sou humano... Sou apenas gente
Inda que desatinado tu me vejas
Quando alucinado, busco em ti minhas fraquezas...
Assim, tu e eu, percorremos o túnel da sabedoria louca estrada que desconhece os limites da razão
Sobrevoando os precipícios de uma ante vida
Que gera inutilmente a ilusão...
Leva-me caro amigo, e caso possas, não me retornes mais
Deixa-me esquecido, tentar sobreviver
Posto que a ilusão e a realidade são fontes desiguais
Que aliadas hão de me enlouquecer...
Priscila de Loureiro Coelho
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