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Poesias-->Vastidão -- 24/02/2003 - 17:08 (Marcelo Santos Barbosa) |
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Vastidão de arranha-céus, desejo de transpor florestas de concreto,
Sonolento jogo de paciência...Erma solidão sempre chegando,
A noite vem descendo em meus olhos meu amor,
Impossível deusa terrestre, em ti meu desejo canta hinos.
Em ti cantam as sombras: minha alma nelas foge em pedaços,
No ritmo que desejas, e vou cego para onde quiseres.
Esta cidade cinzenta marca-me o estreito caminho para ti,
Sou nela animal ferido que se esvai em sangue e delírios.
Em volta de mim, bem amada, teus cabelos ressoam como clarins
Iluminados pelo teu silêncio que como um rio deságua sempre
Em meu mar de melancolia. Teus braços de transparente brilho
Beijam meus tenros músculos como uma benção que me salva,
E tua voz me condena no instante seguinte ao mistério do desconhecido.
Ao cair da tarde quando se dobram perante ti meus joelhos,
É a hora que me pedes para te ofertar com meu pequeno sacrifício
Eu, criatura sem lei, rasgo meu corpo e debruço-me no teu altar
E juntos ardemos na fogueira pagã desse Deus louco chamado amor.
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