Voei...longe, entre as nuvens
E da altura, não tive medo
Sorri, um sorriso farto e cheio
O vento acariciou-me toda
E terno, desvendou o meu segredo,
Exterminando assim, qualquer receio
Voei... longe, no azul infinito
Atirei-me cansada, contra o ar
E senti meu corpo acalentado
Eu o achei tão bonito
Parado, inerte a levitar
Tendo o universo encontrado...
Assim fiquei horas, dias... Nem sei!
Permaneci imóvel, aguardando apenas um sinal
Que me chamasse à vida e me despertasse
E cada hora, cada dia alegre eu desfrutei
Com o desespero de um mero mortal
Que aguarda a triste hora, de seu desenlace
Quando por fim resolvi voltar
Meu corpo tão leve me pareceu pesado
Estranho... Como uma cela, uma prisão!
E fui sentindo, lentamente despertar
Pareceu-me feio....desajeitado
Uma miragem...Refletindo ilusão!
Priscila de Loureiro Coelho
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