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Poesias-->Você -- 18/02/2003 - 17:23 (Marcos Lazaro da Silva Bueno) |
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VOCÊ
É loucura, meu anjo, é loucura
Os amores por anjos ... eu sei!
Foram sonhos, foi louca ternura
Esse amor que a teus pés derramei!
Quando o rosto requeima e delira,
Quando os lábios desbota de amor,
Quando as cordas rebentam na lira
Que palpita no seio ao cantor,
Quando a vida nas dores e morta,
Ter amores nos sonhos é crime?
É loucura: eu sei! Mas que importa?
Ai! Amanda! És tão bela! ... perdi-me!
Quando tudo, na insônia do leito,
No delírio do amor imagino
E no fundo do trêmulo peito
Fogo lento no sangue se queima.;
Quando a vida nos prantos se escoa,
Não merece o amante perdão?
Ai! Amanda! És tão bela! Perdoa!
Foi um sonho do meu coração!
Foi um sonho... não cores de vergonha!
Foi um sonho tão puro! ... ai de mim!
Mal desfrutei-lhe as frescuras de um beijo!
Ai! Não cores, não cores assim!
Não suspires! Por que suspirar?
Quando o vento num lírio soluça,
E desmaia no longo beijar,
E ofegante de amor se debruça,
Quando a vida lhe foge, lhe treme,
Pobre vida do seu coração,
Essa flor que o ouvira, que geme,
Não lhe dera no seio perdão?
Mas não cores! Se queres, amor
Em seu seio o fogoso bico de seus seios!
Calarei meu suspiros de fogo
E esse amor que me há de matar!
Morrerei, ô Amanda, em segredo!
Um perdido na terra sou eu!
Ai! Teu sonho não morra tão cedo
Como a vida em teu peito morreu!
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