O teu amor, na rígida inocência
É a maldosa forma de me maltratar
Sempre temendo a maledicência
Tens sempre duro, para mim, o teu olhar...
Em tuas fala, há de sobra a censura
Por preocupar-te com ambíguos sentidos
E sendo assim, constantemente tu recusas
Cada carinho que te for pedido
O teu recato, por demais intenso
É obstáculo... é constrangedor
Alucinado, nem sei o que penso
De teu estranho, frio e denso amor...
És uma mulher estranha
Misteriosa em teu proceder
Causa-me tristeza tamanha
Pânico, raiva e também prazer...
Sou prisioneiro, escravizado em ti
Um homem que perdeu orgulho e pudor
Mas a verdade é que só vivi
Depois de conhecer o teu amor...
Priscila de Loureiro Coelho |