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Poesias-->MÃOS DE PAPAI -- 09/02/2003 - 01:47 (maria da graça ferraz) |
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Mãos
gracias de lunna
Teus óculos de leitura
Tua rede. Teu rádio de pilha
E eu já nem sei mais
quem te procura
Sou eu? Já não me sei.
É meu comprimento?
Minha largura? Minha
espessura? Ou algo,
além desta pobre filha?
Ninguém de mim a
desenhar uma figura
de saudades no ar
Mãos de papai
Seus dedos em fuso,
artríticos, finos,
como lápis de cera
Tuas mãos que beijei
cruzadas sobre teu corpo
como laço de fita
Raízes arrancadas
de Semprevivas
Pergaminho indecifrado
Mãos que se abriam
como se desenrolassem
a história do mundo |
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