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Poesias-->Braços da noite -- 06/02/2003 - 16:07 (Marcelo Santos Barbosa) |
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Quando o Sol morreu nos braços da noite
Duas adagas de prata perfuraram-me
Abrindo em meu corpo a porta para a escuridão.
A eternidade me foi oferecida num cálice de sangue.
O vento soprava numa constância perturbadora, que no futuro
Lembraria o que se tornaram meus dias...Minhas noites.
Um cântico se ergueu da Terra para o céu
Enquanto minha alma se perdia para sempre.;
Entre pântanos e vales de sombras vaguei
Renascendo a cada instante nos olhos dos meus inimigos.
Muitas vezes ergui minha voz aos céus implorando
Uma salvação que nunca ouvira falar, mas que eu acreditava.
Tantas coisas vi, de outras tantas simplesmente me esquivei,
Senti o sangue de muitas vidas deslizando pelos meus lábios
Como pequenas cachoeiras cortando a passividade das montanhas.
O destino de muitos homens encontrou seu fim nos meus braços,
Meus passos se tornaram impuros, meu sorriso falso...Como eu.
Um ator, sem dúvida, que fez da morte um ato de amor à loucura.
Enquanto o mundo adora deuses pagãos e figuras de gesso
Meus passos trilham cada pedaço de sombra que existe.
Não quero ser adorado, respeitado ou amado...
O esquecimento me seduz e me atrai...O silêncio é meu bálsamo.
E meu alento é impossível, nada mais me traz contento.
Nenhum sangue pode matar meu desejo...Tenho fome de luz!
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