As luzes das lojas
estão apagadas.
As luzes das casas
estão apagadas.
Só se acende o que é
público,
e o que é
público,
é todo ouvidos.
A cidade dorme,
e em cópulas,
fazemos cópias,
para esperar
pelo amanhã.
A cidade dorme,
e a minha falta de lirismo,
- disso, ou daquilo -
me condena a viver assim,
acordado,
em meio à cidade que dorme. |