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| Poesias-->A FAXINA -- 03/02/2003 - 02:17 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) |
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Arrume tua casa.
Organize uma grande faxina sem heroísmos.
Use o sabão
das superfícies nunca sujáveis.
Remova outras gorduras,
marcas de braços deixadas no corrimão.
Empregue o amoníaco,
e o teu cérebro reagirá,
diluir-se-á,
soltará filamentos perfumados,
limpará esgotos,
até te inserir em um ambiente imaculado,
sem secreções
sem o chorume do teu âmago enodoado
Contudo, se um resto do amoníaco refluir,
e chegar ao teu coração,
- esponja dupla face,
de um lado músculo,
de outro oculto -
verás que uma intoxicação não muda.
Há em ti um desespero ativo,
mesmo pequeno, muito pequeno.
Do livro "Borboletas noturnas não existem"
E-mail: phcfontenelle@gmail.com |
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