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Poesias-->Turbilhão -- 01/02/2003 - 13:13 (Rubens Lunge) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
(Para os balseiros do Rio Uruguai)



Desliza, turbilhão,

Massacrando margens e socando o fundo.

Águas de julho, agosto e talvez de setembro



Escorrega e salta,

Navio sem borda,

Gangrenando a seiva do cipoal das amarras.



Desliza, turbilhão,

Antes do novo tempo,

Antes que a água paralise os dourados,

Emparedados em imensas cortinas de pedra, cimento e braços

De novos filhos e velhos balseiros surgidos no horizonte.



Sobre águas e rochedos,

Desafia o vento,

Contando dias rio abaixo.

E, depois, fincando os pés na terra,

Tilinta a prata dos irmãos do Sul.

Durante a noite da eternidade que passa,

Desliza, turbilhão,

Amarras do tempo do nunca mais.



Agora, treme na cheia eterna de todos os meses dos anos,

Quando se enchem vales, montanhas e céus.



Treme diante do turbilhão aplainado,

Quando o sono sem volta açoita as rugas do corpo

E o cipoal, retorcido e gemendo, se rompe, gangrenando a seiva

Aos gritos do timoneiro perdido nas curvas do medonho Uruguai.
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