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 | Poesias-->BOCAS ESPETADAS -- 26/01/2003 - 01:23 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) |  |  |  |  |  |
 | O amor é fino acepipe, 
 um restaurante para sentidos famélicos,
 
 alívio para fomes obsessivas,
 
 uma afeição profunda embora mal passada.
 
 
 
 Dizem que o amor tem um cozimento sem fim,
 
 e o que era medo de amar
 
 pode deixar de ser “couvert “ opcional.
 
 E quando servido afinal,
 
 surgirão delícias,
 
 suspiros,
 
 corações mal escaldados
 
 e desejos
 
 perdidos como insetos nas dobras da alface.
 
 
 
 
 
 Decerto junto com o amor,
 
 oferecem ainda um peito grelhado
 
 sobre uma mixórdia de bocas leguminosas,
 
 verduras de assimilação instantânea.
 
 
 
 
 
 Não há frutas.
 
 
 
 (Restaurante mal frequentado este.
 
 Servir cachaça barata não é educado).
 
 
 
 Tu não sabes se voltará ali um dia.
 
 
 
 Comes o amor.
 
 Este arroto após a carne é significativo.
 
 É a enorme concreção dos beijos
 
 na região estomacal.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Livro: "BORBOLETAS NOTURNAS NÃO EXISTEM"
 
 
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