Usina de Letras
Usina de Letras
212 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63682 )
Cartas ( 21372)
Contos (13316)
Cordel (10369)
Crônicas (22593)
Discursos (3253)
Ensaios - (10818)
Erótico (13604)
Frases (52134)
Humor (20224)
Infantil (5676)
Infanto Juvenil (5036)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1388)
Poesias (141133)
Redação (3384)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1980)
Textos Religiosos/Sermões (6422)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->DEPOIS DO BRINCO -- 23/01/2003 - 03:46 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Depois do brinco, depois do lóbulo, depois do furo:

esconde-se Deus nas coisas mínimas.

Depois do brinco, do lóbulo, do furo:

Deus parou de existir.

Por isso, ele é leve e pesado,

beijo de amor em lábios esmagados.

Depois do oceano, depois do rio, depois do

afluente menor:

Deus ama peixes estéreis.

Depois do oceano, do rio, do afluente esgotado:

lá vai pelo meio-fio outra sentença divina.

Por isso, ele é sólido e gasoso,

Zeppelin sem rumo sobre as cidades.

Sim, Deus tem pouca coerência.

Eu sou humanamente postiço.

Poderei ser bom ou mau,

alegre e virótico.

Deus procura algo,

Atrás do escultor, atrás da fé, atrás da imagem

de São Sebastião sem flechas.

Deus não sabe mais o que é Deus,

o que é pedra-sabão.



(15)



Do livro "BORBOLETAS NOTURNAS NÃO EXISTEM"

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui