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Poesias-->Até Então... -- 16/01/2003 - 00:21 (Marcel Sachetti) |
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ATÉ ENTÃO
E ate então se podia sonhar com a morte, em dias de chuva, na falta de sorte...
Era tão doce como amar cegamente, uma bela mulher, uma falsa serpente...
Perdido como um ladrão que por um segundo torna-se milionário...
Ou um empresário ladrão que perde sua mansão para um simples otário...
Ate então onde o medo era desonesto, a gente criava num porão, em casa ou num deserto...
De tantas incertezas... Um deserto, de tanta tristeza...
E onde o mal era amigo, morava comigo! Mas sempre me fazia bem...
Ate então, onde o mar era pequeno, o céu um veneno, verdadeiro também...
E onde a cobra não era cega, você pisava e ela picava, sem trégua a ninguém...
Ate então, onde os ventos sopravam ao norte, onde frio ainda era mais forte...
O povo orava contra a vinda da morte, e os olhos se fechavam clamando por sorte...
Ate então, onde a vida tinha valor... Em todo lugar existia amor...
E era muito mais fácil de se viver...
Ligava a televisão, e assistia a oposição do governo que queria sua vez...
E na novela o índio era português, recém descoberto também...O Brasil era um neném...
Ate antão, onde eu era um poeta, ditando a certeza incerta...
De um povo esperando a sua vez...
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