LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->madrinha -- 15/01/2003 - 00:48 (maria da graça ferraz) |
|
|
| |
Madrinha
Gracias de Lunna
Casa assombrada
E minha tia,
de camisola branca,
cabelos en desalinho,
a correr descalça
sobre o assoalho de pinho.
E eu corria atrás dela
Enfeitiçada! Tola! Menina!
E ela me sorria como
um botão de rosa
cheia de segredo. Linda!
Louca! Minha madrinha!
E parecia-me tão bela
e pura - como pera fresca
Louca! com seu respirar
invisível - asa de inseto,
a se alimentar de geléias
cor de ouro e de pão de centeio
Evitava abraçá-la porque
era feita de jorro d água
Frágil.Tesouro. Pequenina dama.
Um fio. Um cheiro.Uma rima.
Minha madrinha.
Ela corria pela casa
como quem tinha asas
E eu soprava seus cabelos
para que não findasse
a débil chama anímica
Ela me compreendia...
Tola! Menina! Eu sabia.
Louca. Linda. Minha tia.
Lá fora - As tais da guerra,a
terra dos homens. A tal de vida |
|