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Poesias-->Abril, 1998 -- 07/08/2000 - 14:06 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) |
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Abril, 1998
De repente me falou
Eu me desesperava só de ouvir.
Um papel na mão,
Escrito de carne.
Do escuro saltam veias chorosas,
Matadouros grávidos.
Antes que eu me esqueça,
A palma carnívora se fecha,
Envolvendo o inseto.
"Até que a morte nos reúna",
Diz o feto não-nascido.
Love, love will tear us apart, again.
Escolhi viver uma não-vida.
Um abismo se abre,
Você não se importaria,
Se soubesse
Que dói tanto.
O mundo deixa o mal exposto,
Você come orelhas
& mata cães a grito.
Eu afundo,
O chão cede,
Eu páro no inferno,
Mas nem consigo abraçar o diabo.
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