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Poesias-->Do Nada -- 07/01/2003 - 16:27 (Jacques Madean) |
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Vazando água feito leite quente
É o sertão do meu nordeste
Mas morre de sede o caba-da-peste
O seu cidadão, Caboclo valente
O povo até esquece que eles existem,
Mas no dia do voto tudo vale
Pode até não ser verdade... que entale
Mas as maluquices nos maiores persistem
O sol batendo alaranjado
Nas centenas de verdes mangueiras
Os fazem esquecer essas besteiras
E continuam ajoelhados no sobrado
Vale a pena viver nas luzes?
Severino se pergunta, balançando a blusa xadrez
Molhada de orgulho do nada que conseguiu
Sua mulher ontem mesmo partiu,
Mas a roça aliviou as cruzes
Que Severino, ainda sorrindo, chorou outra vez.
Hoje, vive solitário na de Dona Felícia.
As últimas vacas magras morreram,
Sua mulher e seus meninos, que no sul cresceram
Nunca mais deram notícias.
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