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Poesias-->O Ritual do exílio -- 06/01/2003 - 10:45 (joão manuel vilela rasteiro) |
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Este é o tempo do exílio
onde ninguém nos exilou.
Ninguém vigia o circuito das chamas
onde se estendem as fibras das árvores.
Caminhamos precocemente nas pegadas da água
como o desejo cego de pássaros em chão de pedra.
Esta é a viagem que não faremos nunca
como a primeira borboleta morta no Outono.
Nem sei dos aromas da lama abandonada
quando o corpo quer respirar como uma concha.
Todas as coisas regressam ao mesmo fogo
quando se queima o incenso dos velhos recantos.
Este é o tempo do exílio
como se tivessemos de encenar o ritual
e ninguém reconhece o espaço que subsiste
à imortalidade definitivamente roubada aos homens.
in,INÉDITO - 2003 |
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