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Poesias-->gravidade -- 05/01/2003 - 20:16 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Gravidade

gracias de lunna



Nada é por acaso

Ontem, na calçada,

uma folha morta caiu

sobre o bico do meu sapato

Detetive os passos

e fiquei a pensar

sobre o sentido misterioso

da folha de outono,

adormecida, à minha ponta



Havia uma multidão

na rua. Uma procissão

de carros, de telhados,

de pés sobre a calçada-

infinitas possibilidades

no espaço da cidade,

mas a folha caiu - sob

a força da gravidade-

justo sobre o alvo:

o bico de meu sapato



De algums forma, fora eu-

A escolhida! Pensei

com desatino. De alguma

forma estranha,

não era mais sozinha

Por outro lado,

sobre o bico do sapato,

uma folha morta é como

uma algema quebrada

Desde este dia,

sinto-me perdoada

Meu pé é leve

O chão não mais o fere



Atrás de mim,

uma gota de sangue coagula

como uma flor rubra

Haverá - Ah, haverá -

de cair, sobre aquela rua,

outras folhas, outros

sapatos, outros pés,

outra louca mulher!



















































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