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Poesias-->O POETA E O PRECONCEITO -- 31/12/2002 - 19:10 (Jeovah de Moura Nunes - 1) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




O POETA E O PRECONCEITO





Aqui com meus botoes,

Estou so´ e longe na longevidade

Triste de doloridos coraçoes,

Entre familiares e desumanidades.



A cançao diz: -"deixe-me ir!"-

Porque ja´ e´ chegada a hora,

A triste hora de partir,

Se e´ que partir tem hora.

Nao existe partir. Existe fugir.



Fugir da vida e responsabilidades,

Que nem sempre carregamos

Por omissao ou insensibilidades.

Existe mais coragem quando ficamos.



O fardo do poeta, entretanto,

E´ na Terra dos mais pesados,

Carrega a magoa e o pranto

Em fardos de estrelas recheados.



Nao e´ sempre que a luta

Arrebata nossa coragem para ficar,

O dia amanhece para a disputa,

Tem coragem quem se levantar.



Todos os poeta cantaram o sentimento

De sua epoca. Mas, qual produto

Faz o poeta de hoje cantar o lamento

Para tantos homens dissolutos?



Qual o poeta que sensibiliza?

Se hoje nao ha´ chuva de estimulante,

Para a alma triste que nao se realiza!

Pode o poeta ser doce e amante?



Os dias hoje sao contados

Pelos numeros de cadaveres da violencia.

Os jovens: frageis condenados

Pela ruptura familiar na demencia.



Foi o nazismo quem matou o poeta

Na Espanha, Italia e Alemanha.

O arco detonou com rapidez a seta

E o carrasco sorriu de sua façanha.



No Brasil o poeta nao foi exterminado,

Mas, teve de suportar o impaludismo

Ao deparar com seus versos inferiorizados

Pelo mesmo preconceito do fascismo.



O mesmo "p" de paria e´ o mesmo

Do poeta brasileiro em seu anonimato,

Com as luzes das estrelas a vagar a esmo

E cria versos e comete o assassinato

De sua poesia lida so´ pra ele mesmo.



Ate´ que, contando os anos,

Deseja ardentemente a morte,

Que silenciara´ seus profanos

Versos sem os reversos da sorte.



(Jeovah de Moura Nunes)

do livro "Versos `a Revelia"




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