No centro dócil da espera
catedrais sangram os olhos que mordem o sossego.
E o azeite e o vinho derreteram
a semente nos casulos doirados, que
as árvores talharam.
O corpo, devoram-no os metais incendiados
na dança dos pulmões, que crianças,
renunciaram no eclipse.
Talvez no mármore calcificado de promessas
o horto se purifique, procurando na candura
da luz, o puro tacto dos sons.
E homem rasga o sopro, lapidado na
saliva das unhas, onde pássaros voam pelos dedos
curvados no rosto das acácias.
No sal deste choro, o aprendiz secreto
de sonhos e luz.
Nestas vidraças de ver passar
as palavras, desde o pó que se sacode,
aceito o silêncio como um amante.
in,Revista "OFICINA de POESIA",Nº5-Iº série,2001
NOTA: Ver o poema- "MENTRE IL SILENZIO PERDURA" |