Usina de Letras
Usina de Letras
23 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63170 )
Cartas ( 21349)
Contos (13300)
Cordel (10357)
Crônicas (22578)
Discursos (3248)
Ensaios - (10657)
Erótico (13589)
Frases (51662)
Humor (20171)
Infantil (5589)
Infanto Juvenil (4933)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141279)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6351)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Teorema verbal da conjugada -- 26/12/2002 - 17:08 (André Mariano de Almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tu tens o verbo simples

conjugado na sala de espelhos

e branco casulo médio

tal um copo-de-leite



Mas conjugar conjugas

alem do verbo

e o verbo volta da procura

palavra insana de ferro



Como quem sabe dizes:

" eu sei ": e ainda desfaz

a certeza morena dos olhos

no leito da noite conjugada



E ainda, de forma clara

teu verbo de mangue insiste

em soletrar uma esfera

e era, era a era antiga



Da lira, o punhal envolto

crava tua cruz de ondas

e o mar de punhal sucumbe

às tranças de suas mãos



E por mais que conjugas

o verbo conjugado verbo

verbeia como verbo irregular

e cai da cortina em fumaça



Não é prática a prática

e sem a metafísica

sua dialética invade

os porões de minha casa



No protético sonho, sonho

do vento em fúria

e sonho gasto teu verbo

verbal de carne marcada



E marcas na pele

meu desejo pedra e banho

fonte abstrata do concreto

e cimento do despedaçado



E gêmeas as duas horas:

a tua hora de abraço

a minha hora de adeus

seguem na multidão do aplauso:



A vida como geme incerta

verbeia o verbo infinito

e agora somos o adjetivo:

amor, mas sem lirismo



E castas como a aurora

as mãos do tempo se aprisionam:

passado, presente, reticência,

teu verbo de verso e umbigo



Deitado aguarda o espelho

a sala conjuga seus tempos

a casa se explode em luz

e vens se imigrar no meu corpo



Assim, no verbo verbal

da forma remédio e ácido:

carne carnal encarnada

mas sempre teatro sem ensaio



Assim, casulo branco

que foge da maresia

teu verbo floresce intácto:

amar, amar, amar.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui