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Poesias-->dissolvo -- 23/12/2002 - 01:14 (maria da graça ferraz) |
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Dissolvo
gracias de lunna
E eu vou me atirando
por onde passo,
do jeito que posso
Um olhar. Um gesto
Um Verso. Um riso.
E eu vou me atirando
por onde passo e piso,
do jeito que posso
Uma palavra. Uma expiração.
Uma foto. Um botão. Um beijo
E eu vou me atirando
do jeito que posso e peço,
por onde passo e piso
Até que nada mais
restará de mim
Gente como eu, não morre
Se esquece!
Some! Mingua!
Desgasta! Desaparece!
Agacha-se aos poucos
como uma sombra à noite
engana os muros. Dissolvo!
Atiro-me ao povo. Misturo-me.
Ali -atrás daquele, não não morro!
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