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Poesias-->57.O DIA -- 22/12/2002 - 07:18 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



Esquecido, num lúgubre lugar,

Sofri muitos horrores conscienciais.

E teria sofrido muito mais,

Não fosse esta turminha me buscar.



Não tive qualidades especiais,

Somente o proceder bem singular

De nunca a Providência ajuizar,

Pois todos os seus filhos são iguais.



A mim é que esticava o rijo dedo,

Culpando-me dos erros desse enredo,

Em que desempenhei como vilão.



Agora, quero ser protagonista

E o mestre manda sempre que eu insista

Em que devo a mim mesmo dar perdão.









II



Terrível vitupério é o elogio

Que diz, para si mesmo, o trovador,

Porém, se bela rima vim compor,

É que dei por aceito o desafio.



Esteja arriscando-me o que for,

Fugir seria só falta de brio,

Por isso é que em Jesus sempre confio,

Em seu bom coração, que é puro amor.



Também, não vou deixar nesta poesia

O estigma do mal, que lhe daria

A forma de minh alma pouco sã.



Apenas vou pedir que o povo estude

Um meio de ganhar cada virtude,

Orando p ro sucesso desta irmã.









III



Estranha o nosso médium que a poesia

Rejeite, quase sempre, o feminino,

Pois, quase sempre, o toque masculino

É que tange estas cordas de harmonia.



Madalena, sou eu, que aqui combino

Os sons da cantilena, todavia,

Consciente de que alguém melhor faria,

Aceito dos poetas seu ensino.



Por ser a prima trova, desespero,

Querendo vê-la logo concluída,

Porém, sem lengalenga ou lero-lero,



Que a turma torce toda reunida,

Na ânsia de ouvir tango e não bolero,

Que foi o que dancei, durante a vida.









IV



Carismas, intempéries, coisas santas

Misturam-se nas mentes combalidas,

E as trovas se desfazem, nestas lidas,

Depois que joguei fora não sei quantas.



— Se estas são as rimas mais queridas,

Que, no jardim dos versos, sempre plantas,

Por que, ó coração, que tu te espantas

Ao veres que a maldade convalidas?...



— Arranca da cabeça a covardia

E faze do sofrer bela poesia,

Para alertar do mal a todo o povo.



— Não penses tão-somente em vil ludíbrio,

Pois nestes metros haverá equilíbrio.

Caso não haja amor, rima de novo.









V



Não foi um bom início, todavia,

Deixamos registrada a nossa marca,

Pendendo para o sério e p ra fuzarca,

Que o bom é estudar com alegria.



O médium, pobrezito, é que aqui arca

Com esta sobrecarga de poesia,

Julgando sempre que melhor seria

Se não fizesse água a tosca barca.



Mas, na verdade, o povo se diverte,

Enquanto põe em verso esta lição,

Pois sabe que o leitor é bem solerte,



Cobrando deste tema distinção,

Querendo que o poeta bem acerte,

Ao dizer “sim” ao bem e ao mal, “não”.









VI



Eu vou compor um último soneto,

Mas, nem por isso, feio como a peste,

Querendo ver que o vate mas empreste

Todas as cores, que não seja o preto.



Embora seja a rima um simples teste,

Nos temas da Doutrina eu me intrometo

E peço p ra dançar um minueto

Os pés do metro em que minh alma investe.



— Não desperdices tempo, amigo meu,

Pondo de molho as barbas da alegria,

E apaga esse azedume que te deu



Idéia que qualquer melhor faria

O universal amor do Bom Judeu

Transparecer nos versos da poesia.



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