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| Poesias-->O Mal -- 19/12/2002 - 11:45 (Poeta Paulistano) |
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Sou a concepção mais pura do mal
Na minha maldade não há tristeza
Nem requintes de crueldade
Sou o que as pessoas chamam de mau
Sou sincero e contundente
Combato os hipócritas e faço o que me convém
Sou a versão mais simples do mal
Não mato em nome de Deus
E não acredito que haja pecados
Sou o que as pessoas vêem por bem ser o mal
Não me conformo com o que me apresentam
Como obra de quem nos abandonou
Sou a concepção mais puta do mal
Sou o mal servido sem gelo
Sou o mal em louvor da maldade
Sou o mal em sua forma devassa
Desejo comida, bebida e mulheres
Durmo quando quero dormir
E não consigo fugir de ninguém
Sou o mal com água e açúcar
Não acredito em chacina nem guerras
O seu motivo de matar é viver
Eu sou o mal que ninguém quer sentir
Sou a maldade viva em você
Eu sou o mal que todos querem sentir
Vivo por tudo o que me dá prazer
Eu sou o mal, mas o mal não existe
É apenas um símbolo da natureza humana
Eu sou o mal, mas o bem não existe
É apenas um devaneio da natureza dos deuses
Eu sou mau e não quero ser bom como vocês
A bondade obscurece a verdade
Tal verdade dota os homens de verdadeira maldade
A maldade de provar a superioridade
Enquanto os fracos definham e morrem
Qual a bondade da guerra?
É impossível matar pela paz
Qual a bondade dos homens?
Reprimir, matar e pensar que são deuses
E acham que realmente são bons
Afirmam que realmente sou mau
A maldade dos pensamentos nefastos
A bondade de atos inglórios
A maldade de dizer a verdade
A bondade de matar por amor |
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