Exulta alma bendita,
No funfo do teu coração,
Quimera, sonho, desdita,
Qual sopro de mera ilusão.
Em momentos de intensa tristeza,
Tendo o ser mergulhado na dor,
Nas entranhas, destruída a beleza,
Nos caminhos dessa vida sem flor.
Oh mendigo a perambular ofegante,
Companheiro de murmúrio noturno,
Esquálido, triste e distante,
Trajetória de semblante soturno.
Existência de esperança exaurida,
Sem merecer um olhar comovente,
No final, aguardando a partida,
Infeliz, nem saudade ele sente. |